quarta-feira, 18 de julho de 2012

Alí estava Luíza, sentada no canto da escada, a revirar a bolsa em busca do esqueiro que acenderia o seu segundo cigarro consecutivo daquela noite. Engraçado porque Luíza revirava a bolsa como quem revira a sí mesmo, em busca de fogo...num ato de retirar todos os objetos/obstáculos do caminho em busca do que se deseja, quase instintivamente...Como se, ao achar o esqueiro, todo o salão escuro pudesse se iluminar com a chama que apareceria instintivamente quando Luíza apertasse o gatilho...Mas veja, no que estou pensando ao ver Luíza no simples ato de procurar em uma grande bolsa um esqueiro...basta de metáforas! estas já me apontaram tudo que é possível saber sobre mim através delas ou, pelo menos, o suficiente...que o ato real seja o de encontrar-me novamente com ou sem esqueiro mas, certamente, com fogo...

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