segunda-feira, 16 de julho de 2012

Passos e clarinete

Virginia havia chegado no limite do tempo...correu para o fundo e sentou-se e foi só então que parou para respirar acomodando-se na cadeira acolchoada que lhe permitia reclinar o corpo. O teatro tava lindo, cheio de gente e a luz foi-se apagando...Daí em diante, Virginia só tem certeza de uma coisa, tinha se desconectado inteiramente do que ocorria no espaço externo aquele grande salão. Durante aquelas duas horas, nada foi mais importante do que sentir seu corpo ser preenchido de música. De olhos fechados, o som do clarinete invadia-lhe com delicadeza, rasgando as barreiras da racionalização e dando vivacidade aos floreamentos do sentir que agraciava aquele tempo presente...E foi então, que tomada de emoção, transpondo-se ao pensamento, Virginia sentiu a vida dançando...enfim...

3 comentários:

  1. Entre soluços e solavancos, motores engasgam, engasgam, engasgam e "Enfim" pegam... mas só no fim mesmo!!! Antes,engasgam, engolem, se negam, travam engrenagens... de ranger os dentes... se negam! Ehhhh, chegar ao Fim é, às vezes, tão difícil.

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  2. Por isso seguem as reticencias...que expoem sempre, ao se presentificarem no texto, esse alongamento infinito das histórias que ficam...tem oras q não dá pra chegar ao fim porque nem se terminou de digerir a experiencia...

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  3. O melhor de tudo é quando se vive Experiências... se isso está garantido; o resto vem com o tempo. Tanto tempo, quanto vento dão conta de fazer seguir ou n... pq oq interessa mesmo é estar disponível para Experiências. E algumas, quando se sabe se dar, são deveras salutares, assim como a de Virgínia... q como uma virgem descobre a fenda q outrora te falei. Mas é verdade, digerir pode ser complicado... Mas comida nova é assim mesmo; algumas vezes n gostamos muito do tempero, em outras nos falta irresponsabilidade de criança pra transformar um tempero alastrado de pimenta do reino, em comida mexicana.

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